Cor rubi de intensidade média. Boa complexidade aromática de fruta vermelha e preta muito fresca e no ponto certo de maturação, complementada com notas de especiaria, um leve vegetal e algum bosque. Bem estruturado, na boca, com taninos finos, boa frescura e acidez presente e bem integrada, dando-lhe garra e um final vibrante e persistente.
Em Estremoz o póquer ditou a sorte:
A quinta no Alentejo, em vez do Porsche na garagem
A Quinta do Mouro está situada às portas da cidade de Estremoz, e pertenceu por séculos à família Zagalos, uma das mais abastadas da cidade. Esta original “quinta” no Alentejo, onde dominam as vastas herdades, possui uma casa apalaçada do séc. XVIII, jardins encantadores, caramanchões e tanques setecentistas. Em 1979, com apenas 26 anos, a sorte ditou o destino de Miguel Louro numa mesa de póquer, entre amigos, ao surgir-lhe o dilema de comprar um Porsche ou a Quinta do Mouro. Os primeiros hectares de vinha seriam plantados em 1989, após uma incursão falhada na pecuária, sendo hoje um dos mais icónicos produtores de vinho da região.
« ‘Numa passagem por aqui, em 1978, vim ver esta quinta que estava à venda. Isto ficou-me no olho, na ideia, mas eu na altura tinha 25 anos e tinha que arranjar dinheiro para comprá-la… Fui sentar-me a uma mesa de póquer, umas horas largas, na esperança de a sorte me dar os meios. E foi o que aconteceu’. (…) Deram, os créditos da jogatina, para comprar a quinta e fazer obras… Os meus amigos quando perdiam diziam: ‘Pronto, ‘lá vai ele arranjar mais um bocado do telhado’ »
Entrevista a Rogério Vidigal, Revista Epicur, nº27, Agosto de 2014
- Ano
- 2018
- Temperatura a Servir
- 16-18ºC
- Região
- ALENTEJO
- Enólogo
- Miguel Louro
- Grau
- 14º
- Potencial de Guarda
- CURTO / MÉDIO PRAZO
- Capacidade
- 750 ML